Cátedra Josué de Castro e Instituto Escolhas promovem seminário sobre Agricultura Urbana

No dia 30 de março, a Cátedra Josué de Castro realiza em parceria com o Instituto Escolhas o seminário “Como a agricultura urbana pode contribuir para a promoção de ambientes alimentares saudáveis e sustentáveis?”. A partir de estudos desenvolvidos pelo Instituto Escolhas, o encontro irá apresentar e discutir desafios e oportunidades para a produção e cultivo de alimentos em centros urbanos e regiões metropolitanas, além de apontar possíveis caminhos para a implementação de políticas públicas.

O evento presencial acontece das 14h às 16h, no auditório João Yunes, da Faculdade de Saúde Pública da USP (Av Dr. Arnaldo, 715) e será transmitido ao vivo pelo Youtube da FSP.

Para confirmar presença no auditório, acesse o formulário Google: https://bit.ly/Presença_Seminário

14:00 | Boas-vindas e introdução
Ricardo Abramovay, Professor Titular da Cátedra Josué de Castro da Faculdade de Saúde Pública da USP e Professor Sênior do PROCAM/IEE/USP

14:10 | Apresentação – O potencial da agricultura urbana em números
Jaqueline Ferreira, Gerente de Portfólio do Instituto Escolhas.

14:40 | Debate – A Agricultura urbana como estratégia da administração pública para desenvolvimento de ambientes alimentares saudáveis: ações nos âmbitos nacional e subnacional
Milton Fornazieri, Secretário de Abastecimento, Cooperativismo e Soberania Alimentar – MDA- Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; Patrícia Gentil, Diretora de Promoção da Alimentação Adequada e Saudável – MDS – Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome; Mayra Barata, Pesquisadora do NUPENS/USP e pesquisadora associada da Cátedra Josué de Castro.

15:25 | Perguntas e Respostas (aberto ao público)
15:55 | Encerramento

Mediação: Ana Paula Bortoletto, Pesquisadora NUPENS/USP e da Cátedra Josué de Castro de Sistemas Alimentares Saudáveis e Sustentáveis da USP.

Sobre os participantes:

Milton José Fornazieri, assentado da reforma agrária no Rio Grande do Sul desde 1994, e sócio da Coopan, da qual foi diretor de 1995 a 1998. Possui graduação em História pela UFPB (2008) e mestrado em Agroecossistemas pela UFSC (2015), onde estudou “Fatores que contribuíram para o crescimento da produção de arroz agroecológico em assentamentos de reforma agrária no RS: desafios e perspectivas”. Atua no Setor de Produção do MST, bem como nas áreas de desenvolvimento de assentamento, cooperativismo e comercialização institucional.

Patrícia Gentil, especialista em Saúde Coletiva e Mestre em Nutrição pela Universidade de Brasília. Atua há 20 anos na construção de políticas públicas de alimentação e nutrição e segurança alimentar e nutricional. Foi consultora do Ministério da Saúde para apoiar a implementação dos programas relativos à Política Nacional de Alimentação e Nutrição de 2001 até 2010. Entre 2011 a 2019 foi coordenadora geral e diretora na Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS responsável em implementar o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – SISAN. Nos últimos 4 anos apoiou na incidência técnica e política para programas de alimentação saudável pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor. Recentemente retornou para o MDS, como Diretora de Promoção da Alimentação Saudável com o desafio de reestruturar os equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional (cozinhas comunitárias, restaurantes populares e bancos de alimentos), agricultura urbana e promover políticas públicas que garantam o acesso a alimentos adequados e saudáveis à população mais vulnerável e voltadas à promoção da alimentação saudável.

Mayra Barata, é mestre em ciências pela Universidade de São Paulo (2022) e bacharel em nutrição pela mesma instituição (2017). Atua nas áreas de saúde coletiva e nutrição, com ênfase na epidemiologia nutricional. Trabalha, principalmente, com ambientes alimentares, consumo alimentar e agravos em saúde relacionados à alimentação na população de crianças e adolescentes. Atualmente, é doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva do Departamento de Medicina Preventiva na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Jaqueline Ferreira, gerente de portfólio do Instituto Escolhas. Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, mestra e doutora em Ciências Sociais pelo Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Foi pesquisadora convidada da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio da Fundação Oswaldo Cruz EPSJV/Fiocruz em projetos de pesquisa sobre saúde em territórios da reforma agrária, participando da coordenação de cursos de saúde ambiental e técnico em meio ambiente para a população do campo na instituição. Como consultora da Gestão de Interesse Público Pesquisa e Consultoria – GIP trabalhou em projetos de fortalecimento institucional – planejamentos, mapeamentos, pesquisas e avaliações – de organizações da sociedade civil no campo da educação e do desenvolvimento sustentável.

Ricardo Abramovay, é professor sênior do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo. Fez sua carreira acadêmica no Departamento de Economia da FEA, onde se tornou professor titular em 2001. É autor de Infraestrutura para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia(Ed. Elefante, 2020) e Amazônia. Por uma Economia do Conhecimento da Natureza (Ed. Elefante, 2020). Paradigmas do Capitalismo Agrário em Questão (Edusp), Muito Além da Economia Verde (Planeta Sustentável) e Lixo Zero: Gestão de Resíduos Sólidos para uma Sociedade mais Próspera. É coautor líder do capítulo sobre bioeconomia do Painel Científico sobre Amazônia.

Ana Paula Bortoletto, é pós-doutoranda na Faculdade de Saúde Pública da USP, pesquisadora do Nupens-USP (Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP) e consultora técnica do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).

Mais informações sobre o tema:

A ampliação da produção de alimentos nas cidades e regiões metropolitanas têm potencial de fortalecer a economia local, gerar emprego e renda, melhorar espaços urbanos para torná-los resilientes às mudanças climáticas e, sobretudo, expandir a oferta e o acesso ao alimento saudável para a população urbana em geral. Tudo isso com maior ênfase nas regiões social e economicamente vulneráveis que sofrem diretamente com a ausência de espaços promotores de uma alimentação adequada, saudável e sustentável.

Estudos do Instituto Escolhas sobre agricultura urbana/sistemas alimentares: