O artigo discute o cenário em que o Brasil apresenta, simultaneamente, recordes na produção de grãos; recordes nos níveis de insegurança alimentar e fome; e recordes em índices de desmatamento. Segundo os autores, esses não são “fenômenos isolados”: são faces de um mesmo modelo hegemônico de produção e consumo de alimentos que privilegia as commodities e negligencia a comida dos brasileiros.
“Esse cenário, simultaneamente tenebroso, evitável e previsível, pode não ser passageiro. Uma análise estrutural da produção de alimentos revela uma tendência perigosa, com impactos deletérios na economia, no acesso a alimentos saudáveis e no meio ambiente. Nas últimas três décadas, a área plantada das culturas de arroz, feijão e mandioca, alimentos comuns no prato dos brasileiros, encolheu. Houve uma redução de cerca de 73% para o arroz, 54% para o feijão e 33% para a mandioca”
O artigo tem coautoria de Tereza Campello (professora titular da Cátedra Josué de Castro), Ana Chamma (pesquisadora do GPP/Esalq) e Gerd Sparovek (membro do GeoLab/Esalq) e foi publicado originalmente na Folha de São Paulo em 09 de fevereiro.
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