“É possível produzir proteínas animais de forma sustentável”, Ricardo Abramovay

Integrando a programação auto organizada dos Diálogos Amazônicos, em Belém-PA, a Cátedra realizou em parceria com o Imaflora e o Cirad Brasil o debate “Pecuária regenerativa na Pan-Amazônia: transições para resiliência do sistema alimentar e das paisagens”, no dia 06 de agosto.

Muito além de discutir se a carne bovina é “vilã” ou “mocinha”, o encontro abordou os caminhos para uma pecuária responsável e sustentável na Amazônia.

O engenheiro agrônomo e coordenador de Projetos do Imaflora, Lisandro Inakake, apresentou ao público o programa Boi na Linha, criado em 2019 pelo Instituto. Com apoio do Ministério Público Federal (MPF), a iniciativa busca acelerar a implementação dos compromissos assumidos pela cadeia bovina na Amazônia e incentivar uma produção livre de irregularidades socioambientais.

Segundo Ricardo Abramovay, da Cátedra Josué de Castro,“uma parte majoritária da inovação tecnológica na agropecuária contemporânea está voltada às proteínas artificiais. Ou seja, para emancipar a alimentação humana da dependência do solo, das plantas e dos animais”.

O pesquisador, no entanto, garante que a vilanização da proteína animal não está ancorada na realidade dos fatos. “Isso seria verdade se nós tivéssemos falta de proteína e não tivéssemos meios de produzir essas proteínas de maneira sustentável, mas não é o caso. Então, não faz sentido você mobilizar tecnologias para produzir mais proteínas quando nós temos condições de fazer essa oferta de maneira sustentável e na ética da suficiência, não na ética do ‘cada vez mais’.

Com informações do projeto Boi na linha do Imaflora. Saiba mais clicando aqui.

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