De 29 a 31 de maio, ocorreu em Belo Horizonte (MG) o XXI Congresso Brasileiro de Obesidade e Síndrome Metabólica. O evento reuniu especialistas de diversas áreas do conhecimento para discutir os mais recentes avanços na prevenção, diagnóstico e tratamento da obesidade e da síndrome metabólica. A pesquisadora assistente da Cátedra, Nadine Marques, e a pesquisadora Ana Paula Bortoletto integraram a mesa redonda “O movimento ‘Food Is Medicine’ na realidade brasileira faz sentido?”.
De acordo com Nadine Marques, o Guia Alimentar para a População Brasileira já deixa claro que uma alimentação adequada e saudável deriva de sistema alimentar socialmente e ambiental sustentável. “Com isso em mente, não se pode focar apenas no indivíduo, sem atuar de forma mais ampliada sobre o ambiente alimentar e os determinantes sociais e comerciais da alimentação. Pensar alimentação apenas como um braço dos cuidados médicos faz parte de uma abordagem reducionista que não promove autonomia nem se sustenta no longo prazo”, disse.
No sábado (31), Nadine também participou do encontro que teve como tema a “Alimentação sustentável: saúde planetária e humana”. A palestra levou o título de “Sustentabilidade e saúde do planeta – o documento EAT Lancet cumpriu seu papel?”.
“Se olharmos o EAT Lancet não como um documento prescritivo, mas como uma comissão que propôs ações em diferentes níveis, podemos entender que seu papel vem sendo cumprido, juntamente ao de outras entidades, organizações e atores sociais. O debate a respeito da necessidade de transformação dos sistemas alimentares vem ganhando força, ainda que de forma mais lenta e menos decisiva do que deveria, especialmente quando se fala das discussões internacionais sobre clima. Na Cátedra Josué de Castro, estamos empenhados em fundamentar e fortalecer esse debate, especialmente considerando que o Brasil sediará a COP 30 neste ano”, afirmou Nadine.
